domingo, 30 de novembro de 2008

Ainda não foi desta que o Estádio Algarve comemorou vitória farense...

O Farense estreou-se esta tarde no Estádio Algarve sob os comandos de António Barão numa partida que se aguardava com alguma expectativa, quanto mais não fosse por o Farense ainda não ter vencido em casa nesta temporada.

O Farense entrou de forma totalmente diferente relativamente aos anteriores encontros realizados, a pressionar e a acercar-se da baliza do Fabril mal o árbitro apitou para dar início ao encontro. Logo aos 2 minutos já Della Pasqua enviava a bola à trave, num lance em que poderia ter feito bem melhor, já que se encontrava a 2 metros da linha de golo. O Fabril tentava defender-se como podia, sendo que até à primeira meia hora de jogo o Farense desperdiçou uma mão cheia de ocasiões de golo. Bruno aos 11 minutos, Della Pasqua para além da bola no poste por mais duas vezes aos 12 e aos 18 minutos, Brasa aos 25 e Né aos 31. Como quem não marca sofre foi o Fabril que na primeira oportunidade que dispôs faria o golo que os colocaria em vantagem do marcador. O Farense não desistiu de se acercar da baliza visitante e no último minuto do 1º tempo chegaria ao golo de grande penalidade cobrada por Della Pasqua a punir mão de Edu no interior da sua área. O empate ao intervalo era lisonjeiro para os visitantes tal o desperdício da equipa da casa.
Nos primeiros 5 minutos do segundo tempo o Fabril tentou empurrar o Farense para o seu meio terreno, mas os algarvios conseguiram soltar-se e passar a ter o domínio do encontro, elaborando jogadas de belo recorte. O Fabril era bafejado pela sorte de novo quando na sequência de um pontapé de canto o seu defesa a querer cortar para canto colocaria de novo a bola no poste da sua baliza. Era o melhor período do Farense que foi quebrado por uma sequência de paragens forçadas pelos visitantes para que os seus jogadores fossem assistidos.

O jogo recomeçou mas a tendência alterou-se com os visitantes a equilibrarem as operações. O jogo perdeu algum interesse e velocidade, momento em que o árbitro do encontro achou por bem aquecer os ânimos mostrando um cartão amarelo a Cannigia pensando que este ainda não teria nenhum, sendo que ninguém nas bancadas percebeu a razão de tal admoestação. Ao aperceber-se que teria mesmo de expulsar o jogador da casa, Frederico Martins da A.F. Lisboa correu em direcção ao jogador João Pedro da equipa visitante para lhe mostrar o cartão amarelo, por sinal o segundo, deixando assim as equipas reduzidas a 10 unidades. Tudo isto numa paragem de cerca de 3 minutos, a juntar a uma mais longa de um jogador visitante, outra a Costa, e ao guardião José Carlos. Por tudo isto foram dados 5 minutos de descontos, situação que causou desagrado nas bancadas. De salientar que o Fabril dispôs de duas ocasiões para facturar na segunda parte uma delas com Cannigia ainda antes de ser expulso a tirar sobre a linha, e outra em que o avançado do Barreiro tentaria o chapéu a Costa mas com a bola a sair ao lado da baliza. Já nos descontos seria Paulinho a desperdiçar de cabeça com José Carlos a segurar sobre a linha quando já se preparava para festejar o golo nas bancadas.
O Farense continua sem vencer na sua própria casa mas desta feita fruto de muito desperdício e infelicidade. Denotou-se uma atitude diferente dos jogadores algarvios mostrando uma maior disponibilidade física na disputa dos lances.

Camp. Nac. 3ª Divisão, Série F, 11ª Jornada
Estádio Algarve(Parque das Cidades)
Assistência: 300 espectadores
15 horas, 30/11/2008
Árbitro: Frederico Martins (Lisboa)

FARENSE 1-1 FABRIL DO BARREIRO

(25mn, por Fábio)
(45 mn, por Della Pasqua, na cobrança duma grande penalidade, castigar mão do jogador Edu na sua área defensiva)

Farense: Costa; Caniggia, Rui Graça, Né , Caras; Arlindo, Norberto (Pintassilgo, 59mn), Barão; Della Pasqua(Paulinho, 82mn), Bruno e Brasa(Zé Nascimento, 73mn). Treinador: António Barão

Crónica por JoaoC In Blog Leões de Faro, Foto de José Luis Silva

sábado, 29 de novembro de 2008

Farense estreia-se a marcar em casa e consegue empate ante o Belenenses

Campeonato Nacional de Juniores, Zona Sul, 12ª Jornada
FARENSE 1-1 BELENENSES

O Farense averbou na tarde de hoje mais um empate caseiro, desta feita diante dum valoroso adversário, o Belenenses, o que ainda assim se revelou insuficiente para dar o desejado salto na tabela. A verdade é que o Farense está no antepenúltimo lugar da tabela com 10 pontos, mas a 2 pontos do tranquilo 11º lugar, o que o deixaria a salvo da descida. Nesta primeira volta o Farense tem tido muitos jogos “queimados” em casa com adversários do primeiro terço da tabela e espera-se que neste resto de primeira volta e na segunda volta possa então iniciar a ansiada recuperação, cimentando assim o seu lugar no panorama futebolístico deste escalão em Portugal.

A partida iniciou-se no S. Luís debaixo dum tempo instável, frio e algo ventoso, que nada beneficiou o espectáculo. O relvado escorregadio não facilitou a tarefa dos artistas e proporcionou algumas jogadas mais duras mas involuntárias, num jogo que a nível disciplinar se pôde considerar exemplar, pautado pelo respeito entre os jogadores de ambas as equipas. Notava-se uma melhor compleição física dos jogadores belenenses, o que os favorecia neste tipo de terreno e que teve sequência num melhor domínio do espaço, com uma postura mais atacante criando mais jogadas perigosas, proporcionando ao guarda redes algarvio algumas defesas grau de dificuldade elevado. Jogando no 5x3x2 ultimamente utilizado por Miguel Serôdio, o Farense denotou as habituais dificuldades em colocar a bola jogável na sua frente de ataque. O Belenenses foi dominando a partida e ia ficando na retina a valia técnica de alguns jogadores belenenses, em especial do seu n.º 10, que espalhou classe pelo relvado farense, revelando uma maturidade, objectividade, visão de jogo e apetência para jogadas de 1x1 nada vulgares. Ou muito nos enganamos ou estaremos perante um talento emergente das escolas de formação azuis… Aos 38 minutos, como corolário do ascendente na partida, o Belenenses chegou à vantagem, num belo remate de fora da área do seu jogador n.º 8, remate indefensável para o guarda redes Zé Silva. O Farense, mesmo assim reagiu e por duas vezes podia ter empatado a partida, tendo ganho muitos cantos até final da primeira parte num sinal da intenção dos rapazes farenses em deixar tudo em aberto para o segundo tempo.

Veio a segunda parte e o jogo pautou-se pelo equilíbrio durante largos períodos, com o Farense a ter dificuldades em penetrar na organizada defesa belenense, fruto dum pouco atrevimento dos seus jogadores, o que acabava por deixar os 2/3 jogadores de ataque muito desamparados perante os adversários. Procurando as investidas rápidas, onde Álvaro era sem dúvida o jogador em foco, o Farense não mostrava muitos argumentos para empatar, e ia explorando essencialmente as jogadas de bola parada. Já depois do treinador do Belenenses ter sido expulso após protestos na sequência dum lance muito duvidoso na grande área farense, o Farense refrescou o ataque e seria já no termo da partida que chegaria ao tento da igualdade. Num lance rápido de ataque, um jogador farense foi derrubado à entrada da área azul e na conversão do livre, a defesa incompleta do guardião azul, proporcionou a Vicente o golo da igualdade já aos 92 minutos da partida. Arbitragem medíocre.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cartaz para o fim de semana


Rally Casinos do Algarve fecha época em beleza: José P. Fontes venceu e Bruno Magalhães foi consagrado

A prova organizada pelo clube Automóvel do Algarve, O rally Casinos do Algarve, que decorreu no passado fim de semana, era a 8.º jornada do Campeonato Nacional de Ralis, 5.ª prova pontuável para o Campeonato Regional de Ralis Sul. E se no CPR, o título já estava atribuído a Bruno Magalhães, no seu Peugeot 207 S2000, no CRRS Luís Mota ainda não havia confirmado o título e teria que terminar no 7.º posto para garantir matematicamente a vitória. Tratando-se da primeira e única prova de asfalto do CRRS, o desfecho era algo imprevisível, e Luís Mota sagrou-se campeão, apesar do pobre 7.º lugar. O seu rival Gil Antunes não fez melhor que o 8.º lugar tendo esta prova sido vencida por João Monteiro, ao volante dum Ford Sierra Cosworth, tendo completado o pódio Pedro Charneca na segunda posição, enquanto Armindo Neves levou o seu Hyundai Coupé Kit Car ao terceiro lugar. Mas se no CRRS, o espectáculo ficou condicionado com algumas desistências, nomeadamente de Pedro Leone (Ford Sierra Cosworth), Nuno Pinto (Mitsubishy Lancer EVO III), Rui Coimbra (VW Golf GTI) ou Luís Nascimento num Opel Corsa 2.0, já no CPR, o espectáculo e incerteza esteve presente até à 8.ª e ultima PEC. Se Bruno Magalhães era considerado amplamente favorito para esta prova, lutando mesmo pelo “pleno” na competição, um furo na 3.ª PEC, deixou-o fora da luta pela vitória, o que abriu portas para 4 ou 5 pilotos que poderiam lutar entre si pela vitória na geral. José Pedro Fontes, piloto Oficial da FIAT e os privados Vítor Pascoal, Fernando Peres, Ricardo Teodósio ou Mex Machado dos Santos. Os dois últimos acabaram por desistir ainda cedo no rally, na PEC 5 Teodósio após uma acidente que lhe arrancou uma roda, isto numa altura em que rodava perto dos primeiros enquanto Mex desistiu no reagrupamento após se ter sentido indisposto durante a prova.

Assim, a luta acabaria por se travar até final entre José Pedro Fontes e Vítor Pascoal, com vantagem para o homem da FIAT que foi quase sempre superior ao homem da Peugeot. No penúltimo troço José Pedro Fontes furaria e Vítor Pascoal partia para a última PEC a míseros 1,5 segundos do opositor mas a sorte não esteve com Vítor Pascoal que partiu a suspensão, oferecendo a vitória ao homem da FIAT. Bruno Magalhães chegou justamente ao segundo posto, após ter vencido 7 dos 8 troços, patenteando em andamento diabólico no rally, mas que não deu para recuperar a desvantagem desse furo. Com estas contas, acabou por cair bem a vitória a José Pedro Fontes que, com um carro menos favorito, soube lutar, aproveitar os azares dos opositores, garantindo assim a primeira vitória absoluta da marca e do piloto numa prova do CPR. Palavra especial para o clube Automóvel do Algarve, que soube fazer desta ultima prova, a festa dos rallys em Portugal, oferecendo ao público a possibilidade de visitar o Autódromo do Algarve, que na noite de sexta feira acorreu em excelente número ao local (12 mil espectadores), resistindo ao frio e vendo o espectáculo até ao fim, num claro sinal da importância que as pessoas davam ao acontecimento desportivo e aos pilotos em prova, estendendo-se de forma aceitável essa presença no dia seguinte, já nas estradas da serra de Monchique.

Classificação Final CPR
1º José P. Fontes/António Costa-Fiat Punto S2000 - com 1h07m46,9s
2º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães-Peugeot 207 S2000- a 49,7s
3º Fernando Peres/José P. Silva-Mitsubishi Lancer Evo IX- a 54,9s
4º Bernardo Sousa/Jorge Carvalho-Mitusbishi Lancer Evo IX- a 1m45,5s
5º Pedro Leal/Redwan Cassamo-Fiat Stilo Multijet- a 3m10,9s
6º Adruzilo Lopes/José Janela-Subaru Impreza WRX- a 3m17,6s
7º Carlos Matos/Vasco Ferreira-Renault Clio S1600- a 4m23,9s
8º Paulo Antunes/Hugo Magalhães-Citroen C2 R2- a 5m36,8s

Classificação Final CRRS
1ºJoão Monteiro/José Teixeira-Ford Sierra Cosworth com 42m25,0s
2ºPedro Charneca/Luís Assunção-Ford Sierra Cosworth - a 16,9s
3ºArmindo Neves/João Luz-Hyundai Coupe Kit-Car - a 37,0s
4ºAugusto Páscoa/Leonel Fernandes-Renault 11 - a 47,7s
5ºPaulo Jesus/Licinio Santos-Ford Sierra Cosworth - a 1m28,6s
6ºBruno Andrade/Ricardo Barreto-Subaru Legacy 4WD - a 1m30,6s
7ºLuís Mota/André Mota-Mitsubishi Lancer Evo IV - a 1m39,5s
8ºGil Antunes/Daniel Amaral-Opel Astra GSi - a 1m49,3s

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Demolições nos ilhotes da Ria Formosa vão começar no início de 2009

As demolições nos ilhotes da Ria Formosa iniciam-se nos primeiros meses de 2009, revelou ontem a presidente da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa."Nos ilhotes sabemos, desde já, que são apenas intervenções de renaturalização e estamos em crer que o ano de 2009 permitirá, desde logo, avançar com as demolições nos ilhotes. É essa a solução técnica enquadrável desde já", declarou Valentina Calixto, a presidente do Conselho de administração da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa. Na semana em que o Polis Ria Formosa iniciou o levantamento das construções naquele meio natural protegido, a responsável pelo programa foi categórica, garantindo que "vão haver demolições nas áreas a renaturalizar", prevendo-se igualmente uma "requalificação e reestruturação do existente".

A Sociedade Polis Ria Formosa realça, no entanto, que os habitantes que vivem da pesca na Ria Formosa e que vejam as suas casas demolidas têm "alojamento previsto", mas só se conhecerão os locais para as novas casas depois dos projectos de intervenção e do plano de pormenor estarem terminados. "Nos termos do Plano de Ordenamento da Orla Costeiro (POOC), todos os residentes de primeira habitação que estão ligados à pesca e à mariscagem têm legalmente enquadramento no sentido de se realojarem em sítios que se vão equacionar nos projectos de intervenção ou no plano de pormenor", garantiu Valentina Calixto. Alguns dos habitantes da Ilha de S. Lourenço, Olhão, ainda têm esperança que as suas casas não tenham um dia de vir abaixo mas já decidiram dar os dados das habitações aos técnicos do Polis Ria Formosa. Manuel Paulo, mais conhecido por "Manuel das Conquilhas", tem uma casa da família na ilha S. Lourenço há 25 anos. A sua vida é a apanha de bivalves na Ria Formosa e nem quer ouvir falar de ver a sua casa demolida. Também Manuel Guerreiro, com casa no núcleo do Coco há 36 anos, recusa a hipótese de sair do ilhote e recorda que há muitos anos que ouve falar em demolições, mas que nunca se avançaram com esses trabalhos. "Eu gosto é de viver neste sossego. Eu podia viver na Culatra mas é muita confusão, tem muitos restaurantes" e "aqui é calmo, não há barafundas", observa.

A Sociedade Polis Ria Formosa iniciou esta semana no núcleo das Ratas e Coco (Ilha S. Lourenço) o levantamento das construções na Ria Formosa, um inventário que se prolongará por seis meses e que prevê a intervenção em 48 quilómetros de frente costeira. O inventário das construções está a ser desenvolvido, numa primeira fase, nos ilhotes do Ramalhete, Cobra, Altura, Coco, Ratas e Ilha Deserta. Já as ilhas com mais população serão avaliadas numa fase posterior que deverá arrancar para a semana, nomeadamente na Culatra, e vai-se prolongar pelos Hangares, Farol, Armona, Fuseta, ilha de Tavira e ilha de Faro. O Polis é um plano estratégico de valorização e requalificação da Ria Formosa que envolve investimentos na ordem dos 87,5 milhões de euros, a aplicar entre 2008 e 2012, e prevê a intervenção em cinco concelhos algarvios: Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Super FM... A rádio que marcou uma geração está de volta!

Pois é... As maravilhas da Internet podem proporcionar cada vez mais, a possibilidade de reviver emoções e momentos ou redimensionar formas de comunicação que no passado estavam limitadas às ondas hertzianas... A rádio e TV que na forma convencional chegavam a larguissimos milhões de lares podem agora ser acompanhados através na World Wide Web e permitir noutra plataforma, a sua transmissão duma forma mais barata... Tudo isto para vos dar a boa nova de que a rádio que marcou uma geração na década de noventa, pode agora ser revisitada no seu site... É verdade, a saudosa SuperFM está de volta e com uma playlist muito semelhante à dos seus tempos áureos... Perde-se em grande parte a comunicação, a interacção com os ouvintes, as quais se tornaram em alguns casos, em amizades duradouras... Aqui, em Faro a Super FM foi o viveiro de algumas das vozes da RUAFM, vozes que nesses tempos nos deram a conhecer os Melomenorítmica, NOFX, Punk-Kecas, Censurados ou BloodHoud Gang, ou com programas que poucos esquecerão como a "Hora do Carteiro", "As melhores baladas Rock", ou "Máquina do Tempo"... Por isso, e mesmo que esta seja a rádio da SUPERFM Lisboa, não resistimos em vos dar a conhecer a boa nova.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Fim de Semana Desportivo em Análise - Época 2008/2009

Num fim de semana preenchido para as cores do SC Farense, destacamos evidentemente o ponto obtido na Cova da Piedade, líder destacado da Terceira Divisão Série F. Em circunstâncias adversas o SC Farense garantiu o nulo e embora esteja a 11 pontos do segundo lugar, acreditamos que a equipa da capital algarvia, agora sob o comando de António Barão iniciará uma recuperação na tabela, a começar já neste domingo quando defrontar em casa o Fabril do Barreiro, equipa que está abaixo dos Leões de Faro na tabela e que regista um pecúlio pobre nos jogos fora de portas. Já os Juniores, tiveram neste fim de semana uma tarefa ainda mais ingrata, defrontando o líder Benfica no Seixal. Jogando numa disposição defensiva, postura habitual nos últimos jogos, o Farense acabou por ser derrotado pela margem mínima, esboçando apenas uma reacção na parte final da partida. Nota para os resultados dos Juvenis, que este ano têm duas equipas em competição e ambas com resultados positivos. A equipa A, a militar na 1.º Divisão distrital, regista por vitórias os jogos realizados, estando isolado no primeiro lugar após vitória 2-3 no derby farense com o S. Luís, enquanto a equipa B bateu o Imortal por 3-1. Os Iniciados continuaram esta senda de bons resultados do fim de semana e venceram noutro derby com o S. Luís por 0-1, enquanto a equipa A de Infantis cilindrou o 1.º de Janeiro por 7-1, tendo a equipa B registado uma igualdade a 3 golos com o mesmo adversário. Por fim, nota para as Escolas, onde a equipa A perdeu com a Escola do Sporting por 5-6 enquanto a equipa B saiu vencedora por 4-2 do jogo com o CD Montenegro.

Voltando à Terceira Divisão, o Louletano regressou às vitórias e aproximou-se da liderança, após bater o Atl. Reguengos por 3-1. No derby concelhio de Loulé, novo resultado penalizador para ambas as equipas (o-o), Quarteirense e Campinense, que assim continuam a passar as "passas do Algarve" no fundo da tabela. Destaque positivo da jornada para o Messinense, que após a saída de José Miguel, à semelhança do Farense, a segunda chicotada psicológica da época, e sob o comando interino de Carlos Cardona bateram os histórico Barreirense por 2-1, juntando-se assim a Quarteirense e Campinense com 9 pontos. Por fim, nota para o Silves, que na longa deslocação a Évora, foi batido por tangencial 1-0 pelo Juventude local, o que é já a quinta derrota seguida fora de portas para os comandados de Nelson Moutinho.

Na Segunda B, a dupla algarvia garantiu resultados similares e consolidou as suas posições na tabela, pois o Lagoa empatou 1-1 com o Olivais e Moscavide, enquanto o Beira Mar trouxe um ponto de Massamá, após um nulo no terreno do Real.

Destaque final para a Liga Vitalis, onde as duas equipas do Algarve se posicionam nos três primeiros lugares da tabela, num claro sinal de vitalidade e ambição dos dois emblemas na prova. Se a derrota do Olhanense por 3-1 contra o Feirense pôs fim a uma serie de bons resultados dos homens de Olhão, pensamos que apesar disso, o Olhanense mantém intactas as aspirações até porque às excepção de Santa Clara e ...Portimonense, os outros tropeçaram e deixam os rubro negros no segundo lugar, defrontando no próximo domingo o Beira Mar no José Arcanjo. Já o Portimonense cumpriu a obrigação e bateu no seu reduto a Oliveirense por 1-0, resultado lisonjeiro para os algarvios mas que os mantém com a moral em alta para os próximos encontros.

Em Terra de Bicicletas, apoios para o Futebol...

Ao ler esta notícia, fico com a impressão de que o comentário deste artigo nunca esteve tão actual como nos dias de hoje...

Farense sem dinheiro para fazer contas... Parte 2

Os relatórios de contas do Sporting Clube Farense relativos a 2006 e 2007 estão por fazer porque o clube não tem liquidez para pagar ao Técnico Oficial de Contas.

Os relatórios de contas dos exercícios que estão em falta no Sporting Clube Farense (SCF) não podem ser apresentadas aos sócios porque ainda não estão feitos. O clube, que atravessa uma profunda crise financeira, não tem liquidez para pagar ao Técnico Oficial de Contas que com ele trabalha, que não entrega os documentos sem garantias. «O TOC tem todo o material no seu escritório. Estamos à espera de melhores dias para dar algum dinheiro ao homem, para ele avançar com as contas», revelou ao «barlavento» o presidente do Farense Gomes Ferreira. A entrada de dinheiro só acontecerá quando o Estádio de São Luís for finalmente vendido, algo que se está revelar difícil.

Desta forma, o grupo de sócios do clube que enviou uma carta ao presidente da Mesa da Assembleia Geral a exigir a marcação de uma assembleia para apresentação do relatório de contas dos exercícios das últimas três épocas e marcação de eleições, entre outros assuntos, não vai ter oportunidade de ser esclarecido, mesmo que consiga forçar a realização da reunião.«O dinheiro que recebemos da Câmara de Faro e das contribuições dos sócios não chega para pagar aos funcionários e ao técnico oficial de contas. Os funcionários têm prioridade e, mesmo assim, há ordenados e subsídios em atraso», revelou Gomes Ferreira.
Quanto à marcação de eleições, o presidente do clube ilustrou que «não devem ser marcadas enquanto decorre um Procedimento Extra-Judicial de Conciliação (PEC)». «Existem cláusulas no contrato que estipulam que a direcção que começou o processo o deve acabar», revelou.Gomes Ferreira garantiu ao nosso jornal que a actual direcção apenas está à espera que este processo, que permitirá saldar o grosso das dívidas do Farense, termine, para deixar o lugar à disposição. Quando sair, «deixará todas as dívidas saldadas e os relatórios de contas feitos». «Depois pode vir quem quiser e fazer o que entender», desabafou.

Mas, para assinar a acta final do PEC, o Farense terá de vender o seu estádio. Um assunto que também interessa aos sócios, que, além da prestação das contas relativas às épocas 2005/06, 2006/07 e 2007/08 e das eleições, também exigem informação sobre o processo de venda do Estádio de São Luís.Neste momento, a comissão responsável pela venda ainda não abriu um novo período de aceitação de propostas para a compra do São Luís, depois de gorada a primeira tentativa. A falta de cumprimento por parte da empresa que apresentou a única proposta válida para a compra do estádio, no primeiro período de candidatura, deitou o negócio por terra. Tudo porque não foi capaz de apresentar o sinal monetário que lhe era exigido.

O grupo de sócios que esta semana tornou público ter exigido a marcação de uma Assembleia Geral justifica a sua medida com a situação que o Farense vive. «Nunca o nosso clube teve uma situação de gestão tão diminuída como a que agora se depara, nunca tivemos um período tão alargado de indefinição quer desportiva quer institucional e por tudo isto nunca o Sporting Clube Farense precisou tanto dos seus sócios como agora», consideram.Para conseguir forçar a realização da assembleia, o grupo de sócios responsável pela carta quer «recolher o mínimo de 250 assinaturas de sócios efectivos, com a sua situação devidamente regularizada e mobilizar o mínimo de 150 sócios requerentes para a AG, como obrigam os actuais Estatutos do SCF». A data limite imposta pelos requerentes para a marcação da AG é o dia 15 de Dezembro próximo. Gomes Ferreira adiantou que os relatórios em falta são apenas dois, os relativos aos de «2006 e 2007», já que «2008 ainda não acabou». «Para assinarmos a acta final do PEC, temos de apresentar estes relatórios aprovados», acrescentou.

domingo, 23 de novembro de 2008

Farense consegue ponto precioso e trava série invicta do líder em casa

Na estreia de António Barão ao comando da nau farense, os Leões de Faro acabaram por sair-se bem na deslocação à casa do líder destacado Cova da Piedade. A equipa da margem sul, que somava por vitórias os quatros jogos disputados no seu reduto não conseguiu desfeitear na tarde de hoje o guardião Costa, tendo a equipa de Faro trazido um ponto precioso para o Algarve num jogo que se adivinhava muito difícil face às ultimas incidências no seio do grupo.

Foram muitos os adeptos farenses que se deslocaram ao novo recinto da Cova da Piedade e debaixo dum sol agradável puderam ver uma partida de nível aceitável. Nota para as três alterações promovidas por Barão, duas por imperativos conhecidos, Né e Edinho, e uma por opção técnica, trocando Luís Afonso por Arlindo.

O Cova da Piedade entrou forte na partida, como se esperava, assumindo claramente a posição dominante na tabela, procurando o golo, e esse podia ter acontecido ainda nos primeiros dez minutos, face ao par de ocasiões flagrantes criadas. A partir dos 20 minutos o Farense soube equilibrar o jogo, acertando as marcações e acalmando o jogo adversário, tendo nesse período havido poucos lances perigosos. Com o Farense a desinibir-se cada vez mais na casa do líder, foi contudo o Cova da Piedade a terminar a primeira parte com a hipótese de se adiantar, após um corte deficiente de Duarte, que fez embater a bola num dos postes da baliza defendida por Costa. Terminava então a primeira parte com o nulo a premiar a organização algarvia, num bom espectáculo de futebol, onde o Cova da Piedade foi mais perigoso.

Na segunda parte a toada de jogo não se inverteu, mas a equipa de Faro acabaria por sofrer um revés ainda no primeiro quarto de horas após a expulsão de Everson por alegados protestos. António Barão, ao contrário do que muitos podiam esperar lançou Brasa, em detrimento duma unidade defensiva - Arlindo – num claro sinal de que a intenção seria mais do que o empate. Uma substituição que poderia ser um pau de dois bicos, mas que acabou por no final não ter influencia negativa no resultado da equipa. Contudo o Cova da Piedade não se fez rogado e Lívio Semedo, acabou por lançar as suas armas em jogo para poder aproveitar a superioridade numérica, acabando por exercer um domínio natural até ao fim da partida, desperdiçando alguns lances flagrantes, mas no final, acabou por ser a equipa de Faro a sorrir, quiçá, tendo a sorte que noutras ocasiões lhe foi madrasta. Costa esteve nessa fase final da partida em grande plano, guardando a sua baliza com tenacidade. Resultado que acaba por premiar a entreajuda dos homens de Faro, que inclusive acabaram a partida reduzidos a 9 unidades, fruto da expulsão de Duarte já no final da partida. Arbitragem negativa em prejuízo do Farense.

Camp. Nac. 3ª Divisão, Série F, 10ª Jornada
Estádio Mun. José Martins Vieira
15 horas, 23/10/2008

Árbitro: António Garcia (Açores)
COVA DA PIEDADE 0-0 FARENSE

Farense: Costa; Caniggia (Bruno, 76mn), Hernâni, Rui Graça, Duarte; Arlindo (Brasa, 66mn), Zé Nascimento (Luis Afonso, 55mn), Barão, Norberto, Della Pasqua, Everson. Treinador: António Barão

sábado, 22 de novembro de 2008

Farense reforça-se: Pintassilgo regressa ao clube do coração

O dianteiro Pintassilgo, que tem vindo a representar o Campinense, é a última aquisição do Sporting Clube Farense, substituindo assim o avançado Edinho que pendurou as chuteiras para passar a adjunto de António Barão no clube da capital algarvia.
Pintassilgo regressa assim ao clube do seu coração, onde iniciou a sua carreira de futebolista. O dianteiro, natural de Faro, representou o Farense nas camadas jovens e pertenceu aos quadros do clube quando este militava na I Divisão Nacional, na altura orientado por Paco Fortes. Pintassilgo estreou-se na primeira categoria do Farense, na época de 1997/98, num jogo em Aveiro no velho Mário Duarte, tendo entrado a poucos minutos do final, mas a tempo de marcar o golo que deu uma preciosa vitória ao Farense diante do Beira Mar. Viria a sair do Farense em 99/2000, vindo a representar vários clubes algarvios, Louletano, Imortal, Beira Mar de Monte Gordo e nas duas últimas temporadas representou o Campinense, tendo, na jornada inaugural do presente campeonato sido o autor de um dos golos do clube de Loulé diante do Farense no Estádio Algarve, no empate a dois golos. As aquisições poderão não ficar por aqui, já que o Farense pretende garantir mais um dianteiro, um centro campista e um defesa central.

O Farense joga domingo na Cova da Piedade frente ao líder naquele que será o jogo de estreia do novo técnico dos algarvios, António Barão, o qual pretende entrar com o pé direito. O Farense viaja sábado para a Cova da Piedade, no intuito de proporcionar melhores condições ao conjunto, pois os jogadores nas deslocações à zona do Barreiro e de Almada tinham de se levantar às 5 horas da madrugada, o que tornava tudo mais complicado, pois a equipa não se apresentava nas melhores condições. António Barão continua a acreditar que a subida é possível, pois ainda falta muito campeonato. Mas para que tal aconteça a equipa está proibida de perder mais pontos.

Seja com quem for apoio não vai faltar, até porque são sempre muitos os adeptos que se deslocam no apoio à equipa. E para além de carros particulares, o Farense organizou uma excursão no próximo domingo à Cova da Piedade para apoiar a equipa. A saída está marcada para as 10h00 da manhã junto à sede do clube.

por José Mealha, In AlgarvePress

Rally Casinos do Algarve: José Pedro Fontes vence pela primeira vez no fechar da época


José Pedro Fontes, a conduzir um Fiat Punto S2000, conseguiu hoje a sua primeira vitória absoluta da carreira e a primeira de um carro deste modelo no Campeonato Nacional de Rallys. Beneficiando dum furo do super favorito Bruno Magalhães, Fontes controlou a vantagem e nem um furo no penultimo troço o fez desalojar o primeiro lugar. Bruno Magalhães conseguiu recuperar mas quedou-se pelo 2.º lugar enquanto o algarvio Ricardo Teodósio desistiu no 5.º troço após acidente em que perdeu uma roda, isto numa altura em que lutava pelo pódio. No CRRS o Luis Mota, sagrou-se campeão, apesar do 7.º lugar nesta prova...
Mais imagens e informações nos próximos dias...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Tudo a postos para o Rally do Algarve - Teodósio entre os candidatos

Têm inicio na noite de hoje mais uma edição do Rally Casinos do Algarve. A habitual SuperEspecial nocturna que abre o Rally terá lugar este ano, no novíssimo Autódromo Internacional do Algarve, pelas 21 horas. Entre os candidatos, destacamos Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Bernardo Sousa, Adruzilo Lopes, Vítor Pascoal ou Fernando Peres, e claro o algarvio Ricardo Teodósio que está de regresso ao Nacional, disputando a prova da sua terra natal com um Mitsubishy Lancer EVO IX, carro que foi tripulado no IRC Rally de Portugal 2008 pelo finlandês Hanninen. Confira aqui o programa do Rally e delicie-se com um espectacular vídeo de Ricardo Teodósio, num saboroso aperitivo para este fim de semana... Destaco as sequências a partir do primeiro minuto! Fenomenal!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Olivedepêndencia...

Poucos poderão ter reparado, mas a jornada 9 da Liga Sagres marcará (se a minha memória não me falha) um record de transmissões televisivas directas dos jogos que englobam a jornada. Dos 8 jogos, 7 serão alvo de transmissão(inclui a transmissão da RTP), o que obriga a que todos os jogos da jornada se disputem em dias e horários diferentes... A somar a isto há ainda na manhã de cada domingo a transmissão de um jogo da Liga Vitalis, o que perfaz um "bolo" de 8 partidas... A Olivedesportos, empresa que negoceia com os Clubes e os canais interessados nos direitos televisivos, têm obtido lucros gigantescos nos últimos anos, negoceando em exclusivo esses conteúdos com a SportTV, do qual detém 50% das acções e também com outros operadores estrangeiros... Ou seja, a empresa de Joaquim Oliveira faz o preço que quer com os clubes das ligas profissionais, pois o canal que acaba por lhe comprar o produto é praticamente do mesmo dono... Não admira que os nossos clubes, principalmente alguns dos pequenos estejam em estado de pré-falência pois muitos dos proveitos que deviam ser canalizados para si, situação que acontece nos outros países, se esfumam nesta teia muito bem engendrada pela Controliveste, empresa que gere a Olivedesportos e a SportTV... Mal pagos, os clubes vêm ainda os seus jogos arrastar-se entre a Sexta e Segunda Feira, em horários pouco adequados aos hábitos da população portuguesa, o que acaba por reduzir ainda mais a assistência nas partidas... Que saudades tenho dos jogos ao domingo à tarde, à semelhança do que acontece nos campeonatos sob a égide da FPF, em que todos jogavam ao mesmo tempo, e os espectadores para além de irem apoiar o seu emblema, estavam expectantes pelo que acontecia na casa dos rivais... Tudo se perdeu, a realidade é totalmente diferente, e enquanto nos outros países até se consegue conciliar esta situação com a transmissão em pay-per-view de todos os jogos ao mesmo tempo, em Portugal continua-se a pagar mal, prejudicando ainda os clubes na bilheteira... Até quando, Sr. Hermínio Loureiro?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Solidariedade com os trabalhadores da Bela Olhão

Na sequência do encerramento da Fábrica Bela Olhão, recebemos um comunicado com a posição política do Bloco de Esquerda de Faro e Olhão acerca da situação, o qual vos apresentamos. Cumpre informar que o blog Algarve Farense não têm qualquer conotação política nem intenções dessa génese, sendo os seus comentários no sentido independente e de caracter editorial. Neste caso apenas está a corresponder a uma solicitação do BE, que como qualquer força política da Região pode também usufruir deste espaço para divulgação das suas tomadas de posição sobre matérias de interesse regional, permitindo ao leitor uma melhor compreensão e conhecimento sobre questões do interesse público.


No passado dia 12 de Novembro, uma delegação do Bloco de Esquerda do Algarve deslocou-se à fábrica Bela Olhão, onde contactou com elementos da Comissão de Trabalhadores e outras colegas presentes nesse turno da vigília que todos vêm efectuando desde o início do mês.

O Bloco prestou a sua solidariedade com a luta em curso para defesa dos postos de trabalho e pela manutenção da fábrica em funcionamento. Manifestou também a disponibilidade para o apoio que os trabalhadores julguem oportuno solicitar.

Regista-se a coragem e o elevado moral que todos revelam, traduzido na participação generalizada nos piquetes que, 24 sobre 24 horas, se mantêm em vigília permanente, desde que, no dia 3 de Novembro, a grande maioria dos trabalhadores recebeu a carta de despedimento. São jovens mulheres e homens, grávidas, mães de família, colegas já idosos, todos se revezam para garantir que nenhum equipamento da fábrica é retirado. Porque esse é o bem mais precioso para assegurarem uma solução que prejudique o menos possível os trabalhadores: ou a mais desejada, que será a continuação da fábrica a laborar com o actual ou com novo dono; ou, na pior das hipóteses, o seu fecho mas com indemnizações acrescidas aos trabalhadores e a efectiva garantia de subsídios de desemprego e colocação rápida em outros empregos.

Só intenções obscuras e a falta de vontade, impedirão que a fábrica continue a laborar. Os trabalhadores consideram que a baixa de produção não justifica o encerramento. A produção tem sido quase exclusivamente para exportação. A fábrica não tem dívidas à banca, nem a fornecedores. As instalações são grandes e modernas, o equipamento também, podendo ser ou não, reconvertido. E desde que sejam corrigidos erros e opções de gestão que anteriormente prejudicaram a empresa. É esse o sentimento geral.

Muitos aspectos permanecem por esclarecer: porque foi feita a reconversão e apenas para o fabrico de comida para animais domésticos, quando, na época, o mercado das conservas de sardinha não estava em crise? No entanto, no sítio da Net, aparentemente actualizado e sediado em Boston, continuam as encomendas para conservas de peixe com o mesmo logotipo e exportadas de Portugal para os EUA? Também na Net, a frota pesqueira Blue Galleon afirma transportar para vários destinos, conservas de sardinha e de atum Bela Olhão. Mas pescados onde? A partir de que fábrica? São questões pouco claras que levantam dúvidas sobre que outras intenções poderão estar por detrás do fecho da fábrica.
Curiosamente, durante a visita da delegação do BE, elementos da Administração encontravam-se junto da porta de entrada da fábrica, mas esquivaram-se assim que o Bloco procurou chegar à fala com eles.

Entretanto, a CT tem acompanhado as deligências que várias entidades estão a fazer: a Câmara na busca de encontrar um comprador; a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) que verificou irregularidades do processo de despedimento e instaurou contra-ordenações à empresa; em paralelo, o sindicato e os trabalhadores com os seus próprios advogados estão também a accionar acções judiciais contra a empresa.
As vigílias vão continuar dia e noite até que a situação se esclareça definitivamente. Nesse sentido há um grande esforço para que se mantenha a unidade entre todos, o que tem sido conseguido até à data. É essa a vontade da esmagadora maioria dos trabalhadores, embora saibam como a sua luta é difícil.

Por isso é tão importante a solidariedade para com eles. A solidariedade de familiares e amigos, dos colegas doutras empresas, das entidades laborais. Do poder local e do poder central exige-se rapidez e eficácia na prestação dos direitos judiciais e sociais.
Mas isso é pouco. Se há dinheiro e se aprovam à pressa leis para salvar a banca e os seus donos, é escandaloso que não existam medidas preventivas e seriamente punitivas das situações como a que agora acontece com a Bela Olhão e com os seus 179 trabalhadores despedidos.

15/11/08
O Bloco de Esquerda de Olhão e Faro

O Farense em "A Bola"

In Edição Impressa de A BOLA, 19/11/2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quem disse que os homens preferem as loiras?

Marta Leite Castro, In GQ Novembro'08

Sem dinheiro para o contabilista

Sócios do Farense querem ver as contas do clube desde 2005, mas não vão ter muita sorte.

O Observatório do Algarve explica:
Um grupo de sócios do Farense quer convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para ver debatido, entre outros assuntos, o porquê da não apresentação das contas do clube referentes às épocas de 2005/06, 2006/07 e 2007/08.
No entanto, e mesmo que consigam a AGE, não haverá contas para ninguém, exclusivamente por culpa da da situação económica em que se encontra o clube.
O presidente do Farense, Gomes Ferreira, confirmou ao Observatório do Algarve que a última vez que apresentaram as contas foi mesmo no ano de 2005, referentes à época anterior, e explica a falta das restantes.
O Técnico Oficial de Contas (TOC) não é pago desde 2005 e está no seu direito não apresentar as contas do clube referentes a esses anos”, assume e lembra que a situação do emblema é “economicamente frágil”, mas admite que a questão será resolvida quando a venda do Estádio de São Luís - que pagará as dívidas do clube - estiver concluída.
Uma situação que poderá não acontecer tão cedo: “Vou reunir-me esta semana com a comissão para discutir o assunto, mas ainda não temos data marcada para lançar o concurso”, explica e avança que os constantes atrasos devem-se à “actual conjuntura económica” que se tem feito sentir, tanto a nível nacional, como internacional.
O grupo de sócios espera recolher 250 assinaturas de sócios efectivos ainda este mês e marcar a AGE até 15 de Dezembro. Para além da questão das contas do clube, querem também pôr na mesa o assunto da venda do Estádio e as eleições dos órgãos sociais do Farense, algo que não acontece desde 2004.
“Nunca o nosso clube teve uma situação de gestão tão diminuída como a que agora se depara, nunca tivemos um período tão alargado de indefinição quer desportiva quer institucional”, avançam em comunicado.
Estão em pleno exercício dos seus direitos”, declara apenas Gomes Ferreira.

António Barão é o novo treinador do Farense; Edinho adjunto

António Barão é o novo técnico do Farense. Após ter despedido, hoje à tarde, o técnico Ivo Soares, depois dos maus resultados que os "leões" de Faro têm vindo a registar, tendo culminado ontem com o empate, no Estádio Algarve, diante do Quarteirense, Algarve Press apurou que o director desportivo António Barão reuniu-se com o plantel e assumiu de imediato o cargo de treinador do Farense, promovendo o avançado Edinho a técnico adjunto e mantendo Pedro Benje como treinador de guarda-redes .

"Não valia a pena ir buscar mais ninguém já que eu tenho currículo suficiente e até superior a alguns dos técnicos que eram dados como possíveis candidatos ao lugar de treinador do Farense. Pior que os técnicos que antes cá estiveram certamente não farei, tivemos de tomar estas medidas enquanto é tempo, até porque ainda há muito tempo e muitos pontos para o Farense conquistar a subida de divisão", garantiu a Algarve Press António Barão, que acumulará o cargo de técnico com o de director desportivo do emblema de Faro.

Recorde-se que os dirigentes do Farense convidaram, hoje, o técnico Ivo Soares a demitir-se e este aceitou, havendo assim uma rescisão de comum acordo, a qual foi confirmada por ambas as partes. De saída está também Pedro Brás, adjunto que Ivo trouxe consigo para o Farense. Como avançámos antes, da equipa técnica mantém-se apenas Pedro Benje.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

"Em casa pode haver quem faça o trabalho"

"Vou reunir-me com os jogadores e ver qual o passo a seguir. Se sou eu que vou treinar a equipa? Não sei. Sou treinador há muitos anos e já subi de divisão com algumas equipas [Messinense, 01-02, e Beira-Mar de Monte Gordo, 02-03, ambas do campeonato distrital para a 3ª Divisão]. Já pensei nalguns treinadores e ainda não vi nenhum que sirva a este projecto e para que é que vou pagar a alguém que não me dá resultados, quando em casa pode haver quem faça o trabalho... Amanhã decido" - foram estas a palavras de António Barão, director desportivo do Farense ao jornal on-line Observatório do Algarve, acerca da sucessão a Ivo Soares...

O Fim de Semana Desportivo em Análise - Época 2008/2009

17 de Novembro de 2008... Quando estamos ainda a um mês do Natal, o SC Farense prepara já o terceiro treinador para entrar em cena e tentar colocar a equipa no terceiro escalão do Futebol Português. Isto após o desolador empate de ontem diante do antepenúltimo classificado, que jogou com 10 jogadores durante 60 minutos, sem porfiar na defesa, num campo de grandes dimensões, mas onde o Farense foi incapaz de ir além de um empate... Não pelo jogo de ontem mas pelos antecendentes, Ivo Soares não resistiu após 2 meses e meio de trabalho no S. Luís, e após abandonar o Campinense para apostar tudo neste desafio, enfrenta agora a dispensa... Mas se nos Séniores o cenário é para já negro, os Juniores também não foram felizes neste fim de semana, ao serem derrotados no velho S. Luís, pelo Vitória que efectua um excelente campeonato e derrotou os algarvios por 0-1. Nos outros escalões destaque para os Iniciados que empataram 1-1 em casa com o Lusitano VRSA, ocupando agora um preocupante penultimo lugar. Nota para os Infantis, no qual o Farense bateu o Quarteirense por 5-1 (equipa A) e perdeu com a sua equipa B por 3-5 contra a congénere Quarteirense. Já nas Escolas, o Farense (equipa A) esmagou o Imortal por 0-13.

Quanto à Terceira Divisão, à margem do já citado empate 1-1 do Farense, nota para o segundo empate consecutivo do vice-líder Louletano, agora no terreno do Castrense, desta feita 0-0. O Silves protagonizou o destaque da jornada, ao regressar às vitórias batendo no Estádio Francisco Vieira o Fabril por 1-0. Nos outrso dois jogos, o Campinense voltou a falhar e foi surpreendido em casa pelo Pescadores da Caparica por 0-1 enquanto José Miguel não evitou o despedimento após o Messinense ter sido derrotado pelo Atl. Requengos por 1-0.

Na Segunda B, sinal mais para o Beira Mar de Montegordo. Numa semana muito conturbada para os lados da baía de Monte Gordo, após as declarações de Luís Carlos que redundaram no seu despedimento, o plantel treinado interinamente por José da Marta, bateu na tarde de ontem o Oriental por esclarecedores 3-0, enquanto o Lagoa de Luís Coelho, não foi feliz e perdeu em Pinhal Novo por 2-0.

Por fim, destacamos a Liga Vitalis... Jornada muito positiva para o Algarve, em especial para os nosso rivais vizinhos de Olhão, que na condição de líderes isolados da prova, não deixaram créditos por mãos alheias e venceram com justiça a Oliveirense de Pedro Miguel por 3-0 e mantêm se firmes na posição cimeira da tabela. já o Portimonense conseguiu um assinável resultado ao empatar na casa do candidato Gil Vicente a zero, o que provocou a saída de mais um treinador neste jornada, no caso o Prof. Neca...

Nova “chicotada psicológica” no Farense

Ivo Soares abandona por mútuo acordo

Mais uma chicotada psicológica no Farense: Ivo Soares abandonou hoje o comando técnico da equipa de Faro, na “ressaca” do empate caseiro (1-1) de domingo com o Quarteirense. “Saiu por mútuo acordo. A intenção foi da minha parte, porque as coisas não estavam a correr como previsto, e o Ivo também sentiu que já não tinha condições para dar a volta à situação”, explicou ao Região Sul o director-desportivo do Farense, António Barão. O responsável pelo futebol dos “leões” de Faro não consegue arranjar uma explicação concreta para o que se passa com uma equipa tida, desde o início da época, como candidata ao título. “Os resultados não têm aparecido. Não sei se são os jogadores que não encaixam no perfil do treinador ou o treinador que não encaixa no perfil dos jogadores, mas fui eu que os escolhi a todos”, disse Barão.

O director-desportivo vai ter esta segunda-feira uma conversa com os jogadores e amanhã, terça-feira, deve apresentar o novo técnico. Mas assegura que a subida ainda é possível: “Ainda falta muito campeonato. Há que dar a volta… Vamos tentar ver o que não pode falhar mais!” Recorde-se, esta é a segunda mudança na liderança do “banco” dos “leões” de Faro esta época: no princípio de Setembro, Ivo Soares tinha substituído no cargo Jorge Portela, em virtude da eliminação na Taça de Portugal. Em oito jogo, Ivo Soares conseguiu três vitórias, um empate e quatro derrotas, sem averbar qualquer triunfo no Estádio Algarve e deixando a turma algarvia no 7.º lugar da Série F da III Divisão Nacional.

O futebol algarvio regista ainda mais duas mudanças após a jornada do fim-de-semana. No Beira-Mar de Monte Gordo, Luís Carlos sai depois de ter prestado declarações, na semana passada, sobre os salários em atraso, as quais não agradaram à direcção, que amanhã apresenta o substituto. Por outro lado, o Messinense também acordou a saída de José Miguel. O treinador tinha substituído José Teixeira à 4.ª jornada e sai com um pecúlio de uma vitória e quatro derrotas. A turma de Messines é "lanterna-vermelha" na III Divisão.

domingo, 16 de novembro de 2008

O FARENSE SOMOS NÓS

De acordo com o passado recente e, um pouco mais longínquo do nosso clube de sempre, o Sporting Clube Farense, vimos por este meio solicitar ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral do S.C.F., a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para apresentação do relatório de contas dos exercícios 2005/06, 2006/07, 2007/08, que até à presente data nunca foram apresentados aos sócios.

A mesma AG terá no seu segundo ponto da ordem de trabalhos a marcação da data para a realização das eleições para os órgãos sociais do S.C.F.
Ainda na ordem de trabalhos da A.G. deverá constar no seu ponto 3, o relatório de acompanhamento da situação da venda de património por parte da comissão nomeada para o efeito em anterior A.G.

Nunca o nosso clube teve uma situação de gestão tão diminuída como a que agora se depara, nunca tivemos um período tão alargado de indefinição quer desportiva quer institucional e por tudo isto nunca o Sporting Clube Farense precisou tanto dos seus sócios como agora.
O nosso objectivo é recolher o mínimo de 250 assinaturas de sócios efectivos, com a sua situação devidamente regularizada e mobilizar o mínimo de 150 sócios requerentes para a A.G., como obriga os actuais Estatutos do S.C.F.

Solicitamos veemente ao Presidente da Mesa da A.G., Sr. João Pedro Carvalho, a marcação da supra referida A.G., logo após recepção em sede do S.C.F. dos requisitos necessários para a realização da mesma, sendo do maior interesse para o clube e sócios que se realize no mais curto espaço de tempo, fixando para isso a data limite de dia 15 de Dezembro de 2008.
O Sporting Clube Farense precisa de todos os sócios porque O FARENSE SOMOS NÓS.

Ivo diz que não percebe e Nós dizemos que "Já Chega!"

O minuto de silêncio em memória do malogrado Mané, símbolo duma época dourada do nosso Clube, o qual foi respeitado religiosamente pelo público e no qual os jogadores farenses se associaram numa perfeita união junto do grande circulo, adivinhava uma exibição concentrada, briosa e profissional, como agradecimento ao grande Mané…
E se nós, esperávamos essa mesma atitude, cedo se percebeu que este jogo seria “mais do mesmo”, com um início de jogo lento e previsível por parte da equipa da casa. Ao Farense, candidato assumido à promoção, ao defrontar o 12º classificado, exige-se muito mais, mas na verdade, começamos a ficar fartos desta atitude displicente com o qual são encaradas as partidas. A lentidão na transposição defesa-ataque, aliada à falta de dinâmica nos jogadores que não têm bola, apesar de repetitiva nestes jogos, é incompreensível, tanto mais que seria suposto o Farense aproveitar os treinos para corrigir o que de mal faz durante os jogos, mas passados 2 meses e meio de “reinado Ivo Soares”, nunca as expectativas dos associados, adeptos e simpatizantes estiveram tão baixas, sendo expressado esse sentimento no final da partida, quando o empate já estava consumado, com a amostragem de lenços brancos, situação pouco vulgar nas hostes farenses, que até costumam ser pacientes e compreensivas para com o trabalho da equipa técnica e jogadores.

Quanto à partida, sabendo se que os primeiros 25 minutos foram equilibrados e enfadonhos, o sinal de mudança na partida seria mesmo dado pela equipa forasteira quando aos 26 enviou uma bola à trave da baliza de Costa. A partir daí, a equipa de Faro foi acordando um pouco e gradualmente foi se assumindo na partida, explorando essencialmente as bolas paradas e seria mesmo na sequência dum canto que o Farense beneficiaria dum penalty, (muito contestado pelas gentes de Quarteira) na sequencia dum suposto corte com a mão do n.º 23 quarteirense. Tal lance, ditaria a expulsão desse jogador e permitiria ao Farense jogar praticamente 60 minutos com uma unidade a mais em campo, situação que não seria aproveitada, à imagem do que também aconteceu com a grande penalidade que seria defendida pelo ex-farense Miguel Rebocho, após a cobrança de Della Pasqua. Não obstante, a jogar em superioridade, o Farense até imprimiu alguma velocidade no seu jogo e tentou explorar os espaços, mas seria mesmo o Quarteirense, no fechar da primeira parte a poder abrir o marcador na sequência de um ou dois lances de canto em que Costa se mostrou intranquilo, e pôs em perigo as suas redes.

O Farense entraria então para a segunda parte com duas alterações, tendo Ivo Soares promovido e entrada de duas unidades atacantes, Bruno e Everson, em detrimento de Hernâni e Edinho, jogadores que por razões diferentes estiveram abaixo do esperado na tarde de hoje. E, seria ainda com muitos espectadores a regressarem do intervalo, que o Farense marcaria o seu golo, na sequência duma incursão rápida pela esquerda, aparecendo Della Pasqua no coração da área a fazer o golo da festa farense. Julgava o espectador que o Farense, a ganhar finalmente em casa, e em superioridade numérica podia então embalar para uma exibição consentânea com o seu prestígio incomparável no Algarve, alcançando assim a primeira vitória caseira e reaproximando-se dos lugares da frente. Não se pode dizer que o Farense tenha jogado mal nesse período até aos 75/80 minutos, pois apesar de o Quarteirense nunca ter virado a cara a luta e ter mesmo disposto de alguns lances perigosos, os Leões de Faro também mostravam alguma dinâmica, muito por culpa de Everson e Bruno. Este último, foi de facto uma agradável surpresa, pois o seu “peso” na área, tornou-o uma referência para os colegas. Bruno teria mesmo a jogada mais clamorosa desse período ao ganhar posição perante um adversário e a chutar ao poste direito da baliza sul, para desespero dos adeptos de Faro, que tanto esperavam pelo golo do descanso. Mas, como tudo no futebol, o velho ditado veio ao de cima, e "quem não marca sofre"… O Quarteirense que tinha ameaçado, chegaria ao golo da igualdade num lance rápido em que Né faz falta na área, é expulso, tendo o n.º 7 Marquinho, carimbado de penalty o golo do empate. Com cerca de 7 minutos para jogar, o escândalo esteve perto de acontecer no Estádio Algarve, pois o Farense desnorteou-se por completo, e o Quarteirense teve uma ou duas oportunidades de golo para fechar o marcador, perante um adversário moribundo e com um treinador no banco completamente resignado e impotente para estabilizar a equipa em busca de algo mais do que terminar a partida com o “credo na boca”… Arbitragem contestada mas globalmente positiva.

Ficha de Jogo:
Estádio Algarve (Parque das Cidades)
15 horas, 16/10/2008

Assistência: 600 espectadores
Árbitro: Nuno Miguel Ferreira (Algarve)
FARENSE 1-1 QUARTEIRENSE


(46 mn, por Fábio Della Pasqua, na sequência dum cruzamento da esquerda do ataque farense, Zé Nascimento remata à trave e na recarga, Della Pasqua não perdoa e fuzila as redes defendidas por Miguel Rebocho)
(87 mn, por Marquinho, na cobrança duma grande penalidade, o habilidoso jogador quarteirense engana Costa e remata para a sua esquerda)

Farense: Costa; Hernâni (Everson, 45mn), Né, Rui Graça, Duarte; Luís Afonso, Zé Nascimento, Norberto, Cannigia; Della Pasqua (Barão 72mn), Edinho (Bruno 45mn). Treinador: Ivo Soares

sábado, 15 de novembro de 2008

Quem joga para empatar, perde...

Campeonato Nacional de Juniores, Zona Sul, 10ª Jornada
FARENSE 0-1 VIT. SETÚBAL


Jogou-se hoje no S. Luís, mais uma jornada do Nacional de Juniores, tendo o Farense recebido no seu reduto, a equipa do Vitória de Setúbal, que com o Farense foi promovida na época transacta à divisão maior deste escalão etário. A equipa sadina entrava para esta jornada na segunda posição da tabela, lugar meritório, enquanto os algarvios albergavam o primeiro lugar abaixo a da linha de água com 9 pontos. E se, à semelhança do jogo com o Nacional, Miguel Serôdio apresentaria uma formação instruída defensivamente, com o decorrer do tempo se percebeu que esta táctica não iria dar muitos frutos porque se adivinhava constantemente o golo vitoriano. A verdade, é que durante o primeira parte o Farense nunca conseguiu rematar à baliza contrária, fruto dum 5x3x2 que privilegiava essencialmente a "guarda" das redes de Zé Silva, e onde os dois jogadores mais adiantados da equipa algarvia se viam muito desamparados, perante uma defesa de 4/5 jogadores vitorianos que facilmente anulavam essas investidas. No segundo tempo o cariz do jogo não se inverteu e jogando um futebol directo, o Farense foi incapaz de construir jogadas de verdadeiro futebol enquanto o Vitória ia perdendo ocasiões para abrir o marcador, situação que apenas seria corrigida já no ultimo quarto de hora, quando os sadinos fizeram o golo solitário da partida, levando os três pontos para Setúbal, num resultado que se ajusta e que apenas se pode considerar escasso face ao domínio a equipa de Setúbal.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Rallye Casinos do Algarve 2008 disputa-se dia 21 e 22 de Novembro

A temporada do Nacional de Rallys termina mais uma vez com chave de ouro na região Algarvia... Espectaculo garantido com a aliciante da super especial de sexta-feira se disputar no novíssimo Autodromo Internacional do Algarve. Veja o vídeo de apresentação>>>

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Depois da Bela Olhão, agora é Faro que sofre com fecho de fábrica de "donos" estrangeiros...

Alfarroba em alerta vermelho

A multi-nacional Danisco, que comprou a Indal, vai fechar a fábrica já em Janeiro e leva consigo a tecnologia. Avizinha-se desemprego e problemas para produtores.


Este conhecimento possibilita a extracção a frio da goma da semente da alfarroba, a que se segue a produção de hidro-colóides, matéria prima muito utilizada em cosmética. Toda a tecnologia “foi desenvolvida no Algarve” disse ao Observatório do Algarve Manuel Caetano, ex-presidente da Danisco Portugal e da Indal, indústria transformadora da alfarroba.
Aliás, a vinda para a região daquela multinacional, prendeu-se com a existência desse know-how que foi possível desenvolver “graças à qualidade do produto (alfarroba) e às condições climatéricas”, conta Manuel Caetano, um reconhecido especialista nesta matéria e antigo administrador da Indal.

Eles (Danisco) sempre estiveram interessados na tecnologia que possuíamos desde a altura em que adquiriram a Indal ao grupo suíço Meyall” esclarece Manuel Caetano, que se desvinculou do grupo há dois anos, quando se jubilou, e cuja preocupação foi sempre "que a tecnologia existente não fosse transferida para outro país”.

Segundo o Observatório do Algarve apurou, junto de técnicos da Danisco/Indal, essa transferência já está em curso para as instalações da Danisco em Espanha e terá como consequência o encerramento da unidade fabril de Faro já em Janeiro, embora a laboração se possa prolongar até Junho, para finalizar o tratamento da campanha de produção deste ano.
Contactada pelo OA, a administração da fábrica escusou-se a prestar declarações e não foi possível apurar em tempo útil para que região espanhola será deslocalizada a unidade fabril.
Em causa estão cerca de meia centena de postos de trabalho, como o Observatório do Algarve já noticiara (ver aqui) mas as repercussões serão ainda mais graves, de acordo com as nossas fontes, pois reflectem-se igualmente “nos produtores algarvios de alfarroba”.
A perda do valor acrescentado vai incidir sobre o volume de negócios do sector que ultrapassa os dez milhões de euros/ano e também porque o produto final passará a ser importado, reconhecem os especialistas.

Os produtos derivados da semente de alfarroba ou da sua goma, têm inúmeras utilizações nos produtos alimentares – comida para bebés, gelados, etc. - e ainda na área da estética.O hidro-colóide extraído a frio da goma da alfarroba possui a característica de absorver água até 20 vezes o seu volume, o que torna este produto “muito apetecível para a cosmética, designadamente para os cremes hidratantes” exemplifica Manuel Caetano, sobre o valor acrescentado que o know-how tecnológico e a alfarroba algarvia produziam.
Se o Algarve é na verdade, uma região sustentada economicamente à base do Turismo, estes encerramentos de algumas das poucas fábricas na região, mais dependente tornará ainda o Algarve perante esta crescente crise, que parece entrar numa espiral com fins imprevisíveis. As fábricas, na posse de multinacionais, são reféns do investimento estrangeiro e com isto se vai delapidando a economia duma região, sendo os principais prejudicados os mais desfavorecidos... O que para nós era só noticia no norte do País com os encerramentos de unidades têxteis e de calçado parece agora também tocar à nossa porta...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Iluminação de Natal em zona de obras à meses...


Conforme prometemos no post colocado no passado dia 8, damos hoje a conhecer o sítio sui generis onde a CMF decidiu colocar iluminação de Natal. Nada temos contra o local em si, mas tendo em conta as obras que se arrastam à meses sem fim, situação lamentável para todos os moradores e utilizadores dessa estrada, pergunto se há necessidade de colocar iluminação num sitio destes? Quiçá eu até esteja enganado, e a CMF apressadamente me contradiga, terminando as obras num abrir e fechar de olhos, nivelando e alcatroando a estrada para regozijo de todos os interessados mas tendo em conta o que se têm passado, não me parece nada provável. Ora vejam as fotos...

Adeus, Mané.

A notícia foi-me dada pelo meu amigo José Manuel Reis. Seca e dura! "Morreu o Mané! Foste tu que relataste o golo que ele marcou em Belém e que nos levou à final da Taça de Portugal, não foste?", perguntou-me o José Manuel. "Fui. Foi na baliza do lado do Tejo, quase no bico esquerdo da grande área. Um grande "chapéu" ao Justino", respondi de pronto.
Pois foi. Nessa quarta-feira do mês de Abril de 1990, fiz o relato, com o meu colega e amigo Miguel Santos, numa equipa de reportagem da Rádio ASA (Antena Sul/Algarve, infelizmente também já desaparecida) que ainda era composta pelos meus amigos e colegas Manuel Luís, António Correia e Horácio David. O Farense escreveu uma das mais gloriosas páginas da sua história, com Paco Fortes na liderança técnica, a qual era ainda composta por Fernando Pires "Fana", Elísio Gouveia e Manuel Balela. Fernando Cruz fez o golo do empate e na primeira parte do prolongamento Mané fez o histórico golo que levou o Algarve a outra das mais belas páginas de história, quando os farenses em particular e os algarvios em geral invadiram o Jamor dois domingos seguidos.
O Mané veio para o Farense na época de 88/89, tendo representado o clube da capital algarvia durante 5 épocas. Foi depois para o Gil Vicente, regressando duas épocas mais tarde ao Farense. Depois ainda jogou no Louletano, Padernense e Almancilense.
Era um "brasuca" – Algarvio. Um homem do melhor que conheci até hoje. Um amigo do peito. Incapaz de fazer mal a quem quer que fosse. Sempre humilde, simpático e amigo. É nestas alturas que apetece dizer que a vida não vale nada. Para quê tantas invejas, tantas guerras, maldades e traições se a vida acaba em qualquer curva de uma qualquer Via do Infante, num despiste.
O Mané não merecia morrer assim, aos 44 anos.Adeus amigo.
Até sempre.
José Mealha
O Blog "Algarve Farense", endereça desde já as mais sinceras condolências à familia enlutada.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O Fim de Semana Desportivo em Análise - Época 2008/2009

Fim de semana desportivo marcado por mais uma paragem(quarta) nos campeonatos profissionais e amadores, situação atípica e que em inícios de Novembro definirá já as 16 equipas finais na Taça de Portugal, privilegiando esta competição na fase inicial da época, o que acaba por ter consequências para as equipas "ditas" amadoras. Consultando o calendário da Terceira Divisão a verdade é que o Farense, caso se apure nos seis primeiros lugares, terá campeonato até 7 de Junho mas se a partir da terceira eliminatória da Taça se conjugasse no mesmo dia a Taça de Portugal com o campeonato da Terceira divisão, as 90% das equipas da Terceira Divisão, decerto aliviariam os cofres, terminando a época em meados de Maio, situação a contento de todas as partes, numa época que se avizinha longa e desgastante para os que mais dificuldades têm para se manter em actividade, ou seja os "clubes pequenos". Mas a FPF é soberana e "outros" é que se "lixam"...

Voltemos ao futebol jogado, para realçar o feito do Portimonense, que, se à partida para esta ronda da Taça já era o único representante algarvio, bem representou a Região e apurou-se para a fase seguinte após bater o Varzim por 3-0 no Municipal de Portimão.

Relativamente ao SC Farense, a paragem do campeonato foi aproveitada para um jogo treino com o Lagoa, no qual os Leões de Faro foram derrotados por 1-2, num jogo aproveitado por Ivo Soares para dar "rodagem" ao plantel que têm à disposição.
Nos escalões mais jovens, grande destaque para os Juniores que foram a Torres Vedras ganhar o jogo por 1-2 diante dum adversário directo, tendo a conseguido nos minutos finais da partida, o que será uma grande injecção de moral para os pupilos de Miguel Serôdio. Embora ainda permaneçam abaixo da linha de água, os rapazes farenses, estão cada vez mais perto desse feito e tendo em conta a melhorias no entrosamento, acreditamos plenamente que irão conseguir respirar melhor já nas próximas semanas. Nos outros escalões em acção, nota para os Juvenis A, que bateram inapelavelmente o Lagoa por 4-0, mantendo se assim invictos, enquanto os Juvenis B foram derrotados por 3-1 em Olhão diante do Marítimo local. Nos Infantis registamos duas goleadas monstruosas, pelas equipas A e B, diante da congénere do Internacional de Almancil, respectivamente por 8-2 e 11-0, enquanto as Escolas A, também não fugiram à regra e bateram o Internacional de Almancil por 3-2.

Projecto Polis decidiu: Carros proibidos na Praia de Faro

Praia de Faro passa a pedonal

A proibição da circulação automóvel na Praia de Faro é decisão consolidada, isto enquanto o Polis Ria Formosa negoceia terrenos para o estacionamento junto ao Aeroporto. Demolições também estão no caderno de encargos.
Um parque de estacionamento de 5 hectares, com capacidade para 1650 veículos, vai surgir nos terrenos privados junto ao lado sul da pista do Aeroporto de Faro, adiantou ao Observatório do Algarve fonte do Polis.
A Sociedade Polis Litoral Ria Formosa está neste momento a negociar a aquisição dos terrenos, cujas obras incluem um terminal de transportes públicos que irão garantir as deslocações para a Praia de Faro.
O acesso de veículos à Ilha será proibido, excepto a veículos de residentes, transporte de mercadorias e transportes públicos.
O acesso à Praia de Faro passará a ser feito, pela maioria dos frequentadores, a pé, de barco ou através de transportes públicos.
Segundo fonte do Polis, ainda não foi definido que tipo de transportes vai operar nesta carreira. A única certeza é que serão transportes considerados ligeiros, tal como mini-bus ou comboios turísticos.
Outro dos assuntos em estudo é o facto do novo parque poder, ou não, vir a ser tarifado.
A estrada de acesso à Ilha, entre a rotunda do Aeroporto e a ponte, é também um dos pontos a ser intervencionado. Os trabalhos incluem a criação de zonas para a circulação de peões, velocípedes e automóveis.
Está prevista ainda a intervenção na zona lagunar com a criação de túneis de comunicação de água entre os esteiros.

Zona central pode não estar livre de demolições
Neste momento está em fase de concurso o Plano Pormenor da Praia de Faro, cuja adjudicação está prevista para 16 de Dezembro. O Plano de Pormenor inclui a zona central da Ilha, desafectada do Domínio Público Hídrico e concessionada à autarquia farense desde 1956.
Há a hipótese de existirem demolições naquela área, designdamente das construções em zona de risco.
A decisão depende da análise custo/benefício - em termos ambientais e financeiros - e a avaliação será feita no âmbito do Plano de Pormenor para aquele local.
As restantes zonas intervencionadas pelo Polis serão alvo de acções de renaturalização, reestruturação e requalificação dos espaços edificados.
Quanto aos ilhotes, todas as construções serão demolidas, ou seja, há apenas a renaturalizaçao daqueles locais.

domingo, 9 de novembro de 2008

No mundo virtual...

No mundo virtual, após na primeira época ter conseguido logo a promoção à Liga Vitalis, O Farense garante agora o regresso ao convívio dos grandes do futebol português... Isto no mundo virtual... "Só" falta o mais difícil...

sábado, 8 de novembro de 2008

140 mil euros para iluminações de Natal no Município de Faro

A Câmara de Faro vai gastar 140 mil euros na iluminação de Natal, mais 20 mil do que em 2007, a pedido do comércio local, para combater a crise.
O valor foi decidido em Junho e se em 2007, a iluminação natalícia custou 120 mil euros, este ano, alguns comerciantes pediram mais luzes em ruas que não estavam abrangidas e passou-se dos 57 arcos para 77, com 800 mil lâmpadas e micro-lâmpadas a serem acesas a partir de 15 de Novembro, anunciou o autarca, em declarações à LUSA.
"A iluminação de Natal em Faro é uma forma de apoiar o comércio local atraindo mais pessoas à baixa, o que tem um efeito positivo nas receitas", explicou José Apolinário.
A época natalícia tradicionalmente ligado a um maior consumo deverá ressentir-se da crise financeira está a afectar duramente a sociedade e a provocar o fecho de muitas empresas mas as iluminações de Natal permanecem acesas, até porque são uma oportunidade para o comércio sair da estagnação em que se encontra.
As principais ruas/locais onde se poderá ver esta iluminação são: Rua de Santo António, Rua D. Francisco Gomes, Jardim Manuel Bivar, Praça da Pontinha, Rua Vasco da Gama, Avenida da República, Via e Largo principal das sedes de Freguesia, num horário compreendido entre as 18hoo e 01h00.
Lisboa optou por entregar as decorações de Natal inteiramente a privados pela primeira vez, depois de um concurso lançado pela autarquia, através do qual os patrocinadores garantem um investimento entre dois e três milhões de euros, que sucede aos cerca de 400 mil euros do ano passado. Em troca, haverá publicidade dos patrocinadores em alguns dos locais iluminados. (...)
Excerto de texto e imagem In Observatório do Algarve

Em breve, conto apresentar neste espaço, um sítio sui generis onde a CMF decidiu colocar iluminação...